POR QUE CORTAR ÁRVORES?
O litoral gaúcho tem um clima e um solo difícil para as plantas. Muitas espécies não resistem ao vento, o frio e a falta de nutrientes. Nos anos 70 o governo do Estado estimulou a plantação de casuarinas, distribuindo milhares de mudas, já que esta espécie se adapta muito bem a solos arenosos e a ventos carregados de sal do mar. Tão bem que suas sementes foram germinando por todo lado.
Nas últimas décadas, moradores e veranistas começaram a plantar árvores de espécies nativas, que igualmente se dão bem na região, e até amendoeiras, mais chegadas no calor dos trópicos. E hoje balneários como o Imbé ostentam em suas ruas todo tipo de árvore e plantas ornamentais. Elas já são absoluta maioria.
Mas as casuarinas já fazem da paisagem da cidade e da rotina da população - aos sábados, há uma feira na avenida Porto Alegre, à sombra de suas árvores.
Na beira do rio Tramandaí, famílias chegavam para tomar chimarrão na sombra, e biguás e outras aves pousavam nos fins de tarde para passar a noite em seus galhos.
A prefeitura decidiu cortar quase todas. Sombra, agora, só a do edifício.
Fez o mesmo na avenida da Osório, na entrada da cidade, e, por cima, substituiu o gramado do canteiro centram por cimento para estacionamento de carros.
Numa época em que só se fala em reflorestar, proteger as florestas, evitar a impermeabilização dos solos e tantas outras práticas que causam tragédias em todo mundo, por que cortar árvores?
Uma lástima o que a prefeitura de Imbé fez, cortar as casuarinas que serviam de abrigo às aves que circulavam pela Barra. No finalzinho da tarde, as aves cansadas procuravam em desespero, um lugar para pousar. Em bandos, como em um cortejo fúnebre, os biguás faziam uma algazarra triste sem entender o que ocorrera. Eu, do outro lado do rio, assisti e chorei. Que comunidade é essa que não respeita a natureza? Que pessoas são essas que não valorizam os animais?
ResponderExcluirRealmente, foi um dano ambiental para estes pássaros, pois estão perdidos à noite pelo fato de terem tirado o seu abrigo. São centenas deles à procura das Casuarinas para se abrigarem à noite.
Excluirvi alguns biguás nos postes de luz que substituíram as árvores, no final da tarde. uma tristeza.
ExcluirTriste .nossos políticos são muito imediatistas. Projetos pensando em um futuro sustentável respeitando o meio ambiente normalmente não estao em palta . Entre cortar ou criar mão obra,que ajudaria social e sustentabilidade para limpeza e corte em nossas cidades não da voto.
ResponderExcluirOs políticos vêem somente a data das eleições. Esquecem que seus filhos e netos vão morar em um lugar triste e feio, sem árvores, sem animais... e quem sabe, com um cilindro de oxigênio ao lado.
ExcluirConsiderando que o Ministério Público Estadual em Tramandaí é inoperante acredito que a medida mais imediata para tentar barrar o corte das casuarinas seria uma ação civil pública.
ResponderExcluirÉ importante exercer o nosso dever como cidadão e acompanhar essas questões que impactam na qualidade de vida no município bem de perto
ResponderExcluirCrime ambiental
ResponderExcluirOs biguás que se abrigavam nas casurianas ao lado de Imbé, disputam desesperadamente por galhos nas casurianas na Praça dos Botos.
As espécies perdem seu abrigo, desmatamento desnecessário em troca de modernização e revitalização do espaço.
Não aprenderam o significado de revitalizar.
Casurianas um patrimônio do litoral gaúcho.
Simone Mayerle
Verdade, Simone, modernizar uma cidade para nós tem outro significado. Modernizar é resgatar o verde, oferecer habitat adequado para que as aves repousem...
ExcluirEnquanto que para eles modernizar é cimento, é barulho, e destruição.
Os governos brasileiros são um desastre, em todos os níveis. Na área ambiental e florestal, então, é pior ainda!
ResponderExcluirBoa noite! Vocês tem grupo de whatsapp da associação?
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