A ACI-BM E A CONSTRUÇÃO DE NOVAS PONTES ENTRE TRAMANDAÍ E IMBÉ
A Prefeitura Municipal de Imbé pretende construir uma ponte-binária sobre a foz do rio Tramandaí sem ouvir as comunidades de IMBÉ e TRAMANDAÍ que serão atingidas pelo empreendimento e nem mesmo as comunidades científicas que detém o conhecimento.
Em síntese:
• SEM DISCUSSÃO
• SEM ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA-RIMA)
• SEM ESTUDOS DE MOBILIDADE URBANA NOS DOIS MUNICÍPIOS
• SEM ATENDER A LEI 10.257 – ESTATUTO DA CIDADE
Breves esclarecimentos:
CONSTRUÇÃO DE NOVAS PONTES ENTRE TRAMANDAÍ E IMBÉ
A construção de novas pontes entre os municípios de Imbé e Tramandaí exigem uma ampla discussão com a sociedade e um estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), conforme determina a lei Estatuto da Cidade e também, estudos de Mobilidade Urbana em ambos os municípios, o que até o momento não foram realizados.
O Estatuto das Cidades é uma lei criada com diferentes objetivos, entre eles permitir a PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO ÂMBITO DA GESTÃO DOS INTERESSES PÚBLICOS, uma vez que para sua efetivação é fundamental que exista, na sua formulação, a participação popular. (HOUVE PARTICIPAÇÃO POPULAR?)
A Política Nacional de Mobilidade Urbana deve promover uma melhor relação das cidades com seus cidadãos, favorecer MAIOR PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE NA GESTÃO DA MOBILIDADE LOCAL E REGIONAL E TRAZER MAIS QUALIDADE DE VIDA PARA TODOS. (HOUVE ESTUDO DE MOBILIDADE, PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE E MAIS QUALIDADE DE VIDA?)
Os estudos para verificar os impactos negativos à pesca cooperativa entre pescadores artesanais e botos e às espécies ameaçadas de extinção como os bagres além de outras espécies ameaçadas de extinção que frequentam a área como as aves que dependem do estuário para a sua sobrevivência, também não foram apresentados.
Vamos examinar suscintamente as 03 hipóteses para a execução das pontes:
Preliminarmente, o que o prefeito de Imbé diz ao defender a obra próximo à barra, não tem valor, pois a ponte da Sardinha a que ele se refere, era de pedestres e não tinha os impactos de veículos pesados, que produzem vibração, que se transmite nas águas do rio Tramandaí. Estas vibrações afetam a comunicação dos golfinhos, pois esta ocorre através de ecolocalização e através de um sistema verbal, quando eles emitem um conjunto de sons, equivalentes a cinco palavras, que são ouvidas por completo por outros golfinhos, antes de serem respondidos, ou seja, é como se os animais estabelecessem um diálogo entre si por meio de sons que se assemelham a palavras.
Esta pesquisa foi desenvolvida por cientistas da Reserva Natural de Karadag, na Crimeia. (Fonte: Google).
“Esses sons podem causar uma série de problemas para as espécies marinhas, principalmente daquelas que dependem da audição para a caça, o acasalamento e a comunicação. Esse é o caso dos mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos e botos.” (Fonte: Google).
Vamos apresentar suscintamente as 03 hipóteses de localização da ponte:
A ACIBM – Associação Comunitária do Imbé Braço Morto, a mais antiga do litoral do RGS, mais antiga do que o próprio Município de Imbé, que em fevereiro do próximo ano completará 38 anos, SE OPÕE TOTALMENTE a execução de pontes à jusante da ponte atual, pelas razões a seguir apresentadas:
Estas localizações exigem estudos de viabilidade da mobilidade urbana em um uma área de ruas estreitas de ambos municípios e que comprovaria uma CONTURBAÇÃO EM ÁREAS EXCLUSIVAMENTE RESIDENCIAIS, QUE SERÃO DIRETAMENTE IMPACTADAS PELO EMPREENDIMENTO!
Os moradores de bairros tranquilos serão surpreendidos com trafego de ônibus, caminhões carregados, máquinas rodoviárias pesadas, automóveis, engarrafamentos, TUDO AQUILO QUE NÃO DESEJAM E QUE ESTARÃO LHES IMPONDO, SEM CONSULTA-LOS E TIRANDO-LHES O SOSSEGO.
Aquela brisa gostosa que vinha do rio e do mar, agora virão misturadas com os gases que são emitidos pela queima de combustíveis como óleo Diesel e gasolina.
E O MAIS IMPORTANTE é que afetará ou acabará com a PESCA COLABORATIVA e com o SÍMBOLO do boto para Imbé e Tramandaí.
- LOCALIZAÇÃO NA POSIÇÃO ATUAL DA PONTE GIUSEPPE GARIBALDI
A ACIBM APOIA TOTALMENTE esta localização pelos seguintes motivos:
É economicamente o ideal e manteria os danos que esta ponte já ocasionou. Portanto, através de um estudo de Mobilidade Urbana resolveria o problema.
A ponte atual poderia ser reforçada e nova ponte poderia ser construída.
- LOCALIZAÇÃO À MONTANTE DA ATUAL PONTE GIUSEPPE GARIBALDI
A ACIBM APOIA esta localização sobre a Lagoa do Armazém, desde que sejam realizados estudos que analisem os danos ambientais que irão ocorrer, através de Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) conforme determina a lei Estatuto da Cidade. As comunidades de Imbé e Tramandaí concordarão, porque as ÁREAS EXCLUSIVAMENTE RESIDENCIAIS DE AMBOS MUNICÍPIOS NÃO SERÃO IMPACTADAS PELO NOVO EMPREENDIMENTO!
É chegada a hora do poder público em especial o executivo, liderado pelo prefeito, saber que foi eleito, entre outras coisas para cumprir e fazer cumprir a lei e não ser o titular da mesma. No caso em tela, tb se faz necessário que nas decisões a serem tomadas de impacto socio econômico e ambiental, se faz necessária a prudência, como alertavam os gregos. Assim sendo, como já disse em outro feito, o assunto "ponte", deve ter precedido por uma consulta publica a comunidade e todos estudos preconizados na legislação pertinente. Como esse assunto envolve outros municípios lindeiros, ou seja jurisdição independente, faz-se necessário a sua concordância com participação efetiva e aprovação legal. Isso é democracia. Não cumprido o exposto, estaremos vivendo como dizia Thomas Hobbes, em sua obra "O Leviatã" em uma natureza antipolítica humana. O ser humano precisa viver em conjunto numa sociedade regida por regras e normas(sic), e não por decisões monocráticas, absolutista, onde prevalece o poder absoluto do "monarca", sob pena de estarmos retrocedendo aos séculos XVI e XIX.
ResponderExcluirConcordo plenamente com esse posicionamento!!
ResponderExcluirRozane Dalsasso
Novas pontes, se necessário, devem ser pensadas para os próximos 100 anos. Não podemos impactar a Barra do Tramandaî mas do que já está. Se necessário tempos que avançar acima na lagoa, como já é o ndicatovo dos engenhêiros e especialistas...
ResponderExcluirÉ necessário simm nova ponte, deste q não haja impacto no meio ambientes e não afetem os famosos e lindos botos, que atraem mtos turistas e movimentam o comércio local.
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