UMA ROTA DE FUGA PARA IMBÉ E REGIÃO


Arno Eugênio Carrard, ex-presidente e conselheiro da Associação Comunitária de Imbé-Braço Morto

As cidades litorâneas do norte do Estado estão empilhando cada vez mais parte da população gaúcha. Sem dúvidas a beira do mar é a faixa do mapa gaúcho de maior risco de vida que se intensifica sobretudo no período de veraneio. São milhões de frequentadores que buscam a paz e as bondades do clima, ou seja, o sol, os ventos, a areia e o mar.
A ineficiência e as improvisações do poder público sem se aprofundar na consulta popular provocam a insegurança contra os acidentes naturais geralmente vindos pelo mar, ou no próprio continente próximo ao oceano. O mundo inteiro busca a proteção contra esses agentes da tragédia humana. Terremotos, tsunamis, ciclones, vulcões, elevação dos mares, degelo polar, etc., consequências do aquecimento global, são devastadores, sem exceção. O furacão Catarina em 2004, e o recente vendaval aqui no Rio Grande são exemplos. A Associação Comunitária do Imbé Braço Morto, à época por mim presidida (2004), postulou junto ao Ministério de Ciência e Tecnologia um Centro de Controle Contra as Catástrofes Naturais para o Imbé. O dinheiro foi liberado, mas destinado para a cidade de Rio Grande.
Algo estranho, ainda não saiu do chão...
Enquanto isso, na contramão, Imbé e outras cidades continuam degradando o meio ambiente. Derrubada de árvores nas vias públicas, edifícios, adensamentos populares, impermeabilidade dos solos com calçadões, rede de esgotos que nunca entraram no chão.
Há também o projeto de uma nova ponte, uma polêmica irrazoável. Anúncios oficiais indicam a localização na foz do rio, entre Tramandai e Imbé. Tudo para tumultuar ainda mais a beira mar e obrigar os deslocamentos internos nas duas cidades.

Pessoalmente tive a oportunidade de conhecer alguns sistemas contra essas tragédias humanas (um dos meus perfis mostra foto). Daí vi com destaque a chamada ROTA DE FUGA, qual seja construir uma VIA EXPRESSA sem cruzamentos (na foto, as Ilhas Virgens Britânicas). Iniciando no Imbé atravessando a lagoa por uma ponte ou túnel subaquático, beirando o bairro ribeirinho de Tramandaí, com um acesso para a cidade, indo desembocar na RS-30, alargando as pistas duplas que ligam Tramandaí a Osório, com outra Rota de Fuga para o Morro da Borussia, onde se pode buscar refúgio se o mar invadir a planície. Rotas de Fuga semelhantes poderiam ser implantadas nas outras praias em linha reta até a BR 101.




Comentários

  1. O conhecimento, a experiência, são bens a serem repassados a comunidade e àqueles que têm a obrigação em
    gerir a "coisa" pública por dever de ofício e esses a obrigação de usá-los para o bem da comunidade. Obrigado Dr. Arno E. Carrard, você cumpriu sua missão, resta agora a comunidade e o poder. público, gestor, analisa-la e implanta-la. Obrigado.

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  2. O meu cuidado é responsabilidade e salvaguardar a população do Litoral Norte da destruição provocada pela invasão das águas. Ainda nesta semana de meados de agosto 2022 o mundo se vê estarrecido com a anunciada enchente na Califórnia.

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  3. E os ciclones estão assumindo a Região Sul brasil notadamente no Paraná e SC. E o Rio Grsnde aos poucos está entrando no rolo. Nossos administradores sem a mínima preocupação.

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  4. Certamente eles estão pensando que nas tragédias vão guarnecer milhoes de moradores nos gabinetes das Prefeituras. Arno Carrard

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