ASSEMBLEIA PRORROGA MANDATO DA DIRETORIA

 Uma Assembleia Geral Extraordinária, realizada virtualmente no dia 3 de setembro, sábado, às

17h, aprovou a prorrogação do mandado da atual diretoria da Associação Comunitária de Imbé-

Braço Morto, eleita na Assembleia Geral Ordinária de 20 de fevereiro de 2020, até a próxima

assembleia, a ser realizada presencialmente em fevereiro de 2023.

Convocada por edital enviado por whatsApp e outros meios da internet, a assembleia foi presidida por Athos Stern, presidente da ACI-BM. O tesoureiro Clovis Heberle, escolhido para secretariá-la, explicou os motivos da sua convocação: com o mandato encerrado em fevereiro de 2022 - devido à pandemia de Coronavírus não foi possível convocar novas assembleias anuais -, a atual diretoria, formada por Athos Stern (presidente), Orion Herter Cabral (vice), Marília Oliveira (secretária), Andrea Mostardeiro Bonow (segunda secretária), Clovis Heberle (tesoureiro), Luís Roberto Rodrigues Nunes (segundo tesoureiro) Djalma Gonçalves Requião, Roberto Luiz Morch e Clécio Pedrotti ( conselheiros fiscais) já não tinha legitimidade legal para movimentar a conta bancária da entidade, no banco Sicredi, nem prestar contas à Receita Federal. 

A proposta foi aceita por unanimidade pelos associados presentes - Athos Stern, Arno Carrard, Lauro Renck, Silvio Doninelli, Djalma Requião, Paulo Grassi, Vera Grassi e Roberto Luiz Morch.

Antes de encerrar a assembleia, o presidente Athos informou que daqui para a frente a associação passará a usar também o canal Google Meet para as reuniões, o que permitirá que os associados possam se manter em contato durante todo o ano. 

Marcou um encontro para a o dia 13 de setembro, às 21h, para discutir o problema do corte das casuarinas e a impermeabilização do solo de Imbé pela prefeitura municipal.

A seguir fez um relatório das atividades da associação, transcrito abaixo:

ATIVIDADES ATUAIS DESENVOLVIDAS PELA ACIBM

No período de 2019 à 2022, a ACIBM se desenvolveu e assumiu muitas responsabilidades e

passou a atuar muito mais:

A ACIBM representa no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí as associações

comunitárias de 18 municípios que são beneficiados pela bacia, participa também da CPA –

Comissão Permanente de Acompanhamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí e também

autora do pedido de Patrimônio Imaterial para a Pesca Cooperativa, junto ao IPHAN:

QUE É INTERAÇÃO ENTRE PESCADORES, BOTOS E TAINHAS, NO ESTUÁRIO DO RIO

TRAMANDAÍ, EM FASE DE CONCESSÃO. 

Atualmente estamos colocando um representante no Projeto Orla Imbé, que é o Prof. Dr. Ignácio

Benites Moreno da UFRGS, que atua no CECLIMAR e no Planejamento Participativo da PM de

Imbé também teremos representantes que serão os associados Dr. Ignacio Benites Moreno,

Jussara Gauto e o nosso futuro tesoureiro da ACIBM Roberto Luis Morch.

O DESCONHECIMENTO DAS QUALIDADES DAS CASUARINAS, POR PARTE DE PREFEITOS

DO LITORAL NORTE, INDUZ À CRIMES AMBIENTAIS

As Casuarinas, espécie com grande capacidade de recuperar solos marginais ou proteger solos

instáveis, proporcionando ambientes favoráveis para a posterior revegetação de áreas com

espécies nativas foram dizimadas na margem direita do rio Tramandaí.

Casuarinas são usadas como cortina de vento: Reduzindo os prejuízos ocasionados pelo vento,

entre 30 a 50%:

 Frear as perdas de água pela evaporação, na folhagem e no solo;

 ATENUAR O ESCOAMENTO SUPERFICIAL DAS ÁGUAS DE CHUVA, DIMINUINDO A

LIXIVIAÇÃO DO SOLO;


 Aumentar a capacidade da drenagem dos solos demasiadamente úmidos;

 DAR ABRIGO A AVIFAUNA (BIGUÁS).

CONCLUSÃO

Devastar a margem esquerda do rio, removendo as CASUARINAS e deixando um deserto,

desconhecendo que as CASUARINAS IRIAM PROTEGER DO VENTO as espécies prometidas

de árvores nativas, árvores frutíferas e vegetação decorativa, acrescidas da sua GRANDE

CAPACIDADE DE RECUPERAR SOLOS MARGINAIS, demonstra total ignorância!

A justificativa da PM de Imbé: É uma “ESPÉCIE EXÓTICA”!

Este é o argumento utilizado para suprimir a vegetação arbórea e substituí-la por passeios,

asfalto, concreto, estacionamentos e prédios, como está previsto na Revitalização das Margens

do rio Tramandaí. Isso, por sua vez, torna o ambiente urbano cada vez mais inóspito, seco e

quente

No dia 10/08/2022 participamos da Audiência Pública presencial, proposta pela Comissão de

Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. 

A POSIÇÃO DA ACIBM NESTA AUDIÊNCIA PÚBLICA PRESENCIAL:

A PM de Imbé pretende construir uma ponte-binária sobre a foz do rio Tramandaí sem ouvir as

comunidades de IMBÉ e TRAMANDAÍ que serão atingidas pelo empreendimento e nem mesmo

as comunidades científicas que detém o conhecimento.

EM SÍNTESE:

•         SEM DISCUSSÃO

•         SEM ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA-RIMA)

•         SEM ESTUDOS DE MOBILIDADE URBANA NOS DOIS MUNICÍPIOS

•         SEM ATENDER A LEI 10.257 – ESTATUTO DA CIDADE

BREVES ESCLARECIMENTOS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE NOVAS PONTES ENTRE

TRAMANDAÍ E IMBÉ

A construção de novas pontes entre os municípios de Imbé e Tramandaí exigem uma ampla

discussão com a sociedade e um estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), conforme determina

a

lei Estatuto da Cidade e também, estudos de Mobilidade Urbana em ambos os municípios, o que

até o momento não foram realizados.

Os estudos para verificar os impactos negativos à pesca cooperativa entre pescadores artesanais

e botos e às espécies ameaçadas de extinção como os bagres além de outras espécies

ameaçadas de extinção que frequentam a área, como as aves que dependem do estuário para a

sua sobrevivência, também não foram apresentados.

A ACIBM relatou que a afirmação do prefeito de Imbé ao defender a obra próximo à barra, não

tem valor, pois a ponte da Sardinha a que ele se refere, era de pedestres e não tinha os impactos

de veículos pesados, que produzem vibração, que se transmite nas águas do rio Tramandaí. 

Pesquisa desenvolvida por CIENTISTAS DA RESERVA NATURAL DE KARADAG (FONTE:

GOOGLE), NA CRIMEIA, CONCLUEM:


Estas vibrações afetam a comunicação dos golfinhos, pois esta ocorre através de ecolocalização

e através de um sistema verbal, quando eles emitem um conjunto de sons, equivalentes a cinco

palavras, que são ouvidas por completo por outros golfinhos, antes de serem respondidos, ou

seja, é como se os animais estabelecessem um diálogo entre si por meio de sons que se

assemelham a palavras.

“Esses sons podem causar uma série de problemas para as espécies marinhas, principalmente

daquelas que dependem da audição para a caça, o acasalamento e a comunicação. Esse é o

caso dos mamíferos marinhos, como baleias, golfinhos e botos.

03 HIPÓTESES DE LOCALIZAÇÃO DA PONTE:

1. LOCALIZAÇÕES À JUSANTE DA ATUAL PONTE GIUSEPPE GARIBALDI

A ACIBM – Associação Comunitária do Imbé Braço Morto, a mais antiga do litoral do RGS, mais

antiga do que o próprio Município de Imbé, que em fevereiro do próximo ano completará 38 anos,

SE OPÕE TOTALMENTE a execução de pontes à jusante da ponte atual e foi justificada pelas

seguintes razões:

CONTURBAÇÃO EM ÁREAS EXCLUSIVAMENTE RESIDENCIAIS, QUE SERÃO

DIRETAMENTE IMPACTADAS PELO EMPREENDIMENTO!

Os moradores de bairros tranquilos serão surpreendidos com trafego de ônibus, caminhões

carregados, máquinas rodoviárias pesadas, automóveis, engarrafamentos, TUDO AQUILO QUE

NÃO DESEJAM E QUE ESTARÃO LHES IMPONDO, SEM CONSULTA-LOS E TIRANDO-LHES

O SOSSEGO.

Aquela brisa gostosa que vinha do rio e do mar, agora virão misturadas com os gases que são

emitidos pela queima de combustíveis como óleo Diesel e gasolina.

E O MAIS IMPORTANTE é que afetará ou acabará com a PESCA COLABORATIVA e com o

SÍMBOLO do boto para Imbé e Tramandaí. 

2. LOCALIZAÇÃO NA POSIÇÃO ATUAL DA PONTE GIUSEPPE GARIBALDI

A ACIBM APOIA TOTALMENTE esta localização pelos seguintes motivos:

É economicamente o ideal e manteria os danos que esta ponte já ocasionou. Portanto, através de

um estudo de Mobilidade Urbana resolveria o problema.

A ponte atual poderia ser reforçada e nova ponte poderia ser construída.

3. LOCALIZAÇÃO À MONTANTE DA ATUAL PONTE GIUSEPPE GARIBALDI

A ACIBM APOIA esta localização sobre a Lagoa do Armazém, desde que sejam realizados

estudos que analisem os danos ambientais que irão ocorrer, através de Estudo de Impacto

Ambiental. (EIA/RIMA) conforme determina a lei Estatuto da Cidade. As comunidades de Imbé e

Tramandaí concordarão, porque as ÁREAS EXCLUSIVAMENTE RESIDENCIAIS DE AMBOS

MUNICÍPIOS NÃO SERÃO IMPACTADAS PELO NOVO EMPREENDIMENTO!

Para finalizar, neste momento enfrentamos outro problema motivado pelo corte das Casuarinas

na margem esquerda do rio Tramandaí:

Os biguás que habitavam as Casuarinas removidas, sem encontrar as mesmas, ficaram

desorientadas e passaram a ocupar as Casuarinas da Lagoa do Braço Morto. Os moradores da

imediação da lagoa estão incomodados com a presença dos biguás e desejam solicitar à PM de

Imbé, a remoção destas Casuarinas.

ESTE É O INÍCIO DAS CONSEQUENCIAS DO CRIME AMBIENTAL, POR ENQUANTO!

Comentários

  1. Perfeito. ACI-BM segue atuante e na linha de frente em defesa do interesse da sociedade frente aos movimentos da Prefeitura. Seguimos todos caminhando junto no sentido de uma condição real de desenvolvimento sustentável do nosso município. Parabéns ao Presidente Athos e ao corpo da gestão reempossada. Sucesso.

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