REUNIÃO DEBATE CORTE DE CASUARINAS E IMPERBEABILIZAÇÃO DO SOLO
A Associação Comunitária do Imbé - Braço Morto através do Google Meet, realizará uma videoconferência, que permitirá que os interessados possam discutir o problema do corte das casuarinas e a impermeabilização do solo no município de Imbé, que a prefeitura municipal de Imbé ESTÁ INDO NA CONTRA MÃO DO QUE DO QUE OS PAÍSES MAIS DESENVOLVIDOS ESTÃO PROPONDO.
Os interessados poderão participar da videochamada no dia 13 de setembro, às 21:00 horas, através de um simples click no endereço: Meet: ops-fczi-rsf
INFORMAÇÕES SOBRE A CASUARINA
Avaliação de espécies florestais para arborização de cafeeiros no norte do Paraná - A. C. Leal. Tese de Doutorado. UFPR – Universidade Federal do Paraná. 128 pp. (2004)
A arborização de cafezais no Paraná tem como principal finalidade proteger os cafeeiros contra geadas de radiação.
O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da arborização de cafezais com diferentes espécies florestais na produtividade do cafeeiro e na proteção contra geadas de radiação.
A redução do fluxo total diário de radiação fotossinteticamente ativa sob a copa das árvores, em dias ensolarados, foi maior sob a casuarina (90%) e menor sob a grevílea (74%), enquanto que sob o pinus e a leucena foram encontrados valores iguais (86%).
ESPÉCIES NÃO TRADICIONAIS PARA PLANTIOS COM FINALIDADES PRODUTIVAS E AMBIENTAIS: SILVICULTURA E USOS - Jarbas Y. Shimizu, Ph.D.'
Plantios de casuarina têm sido USADOS COM GRANDE EFICÁCIA NA CONTENÇÃO DE DUNAS, PROTEÇÃO DE SOLOS FRÁGEIS CONTRA EROSÃO, FIXAÇÃO DE SOLOS DE ENCOSTAS, RECUPERAÇÃO DE SOLOS INFESTADOS POR SAPÉ (LMPERATA SP.) E COMO QUEBRA-VENTOS.
QUEBRA-VENTOS DE GREVILLEA ROBUSTA A. CUNN - EFEITOS SOBRE A VELOCIDADE DO VENTO, UMIDADE DO SOLO E PRODUÇÃO DO CAFÉ - GISELDA DURIGAN INSTITUTO FLORESTAL
DVANVI, 1978) Inúmeras espécies têm sido utilizadas para quebra-ventos em todo o mundo, destacando-se os seguintes gêneros: Pinus (solos arenosos), Eucalyptus (regiões tropicais), Cupressus (para proteger áreas pequenas pois são muito densos), Grevillea (especialmente no Brasil, para café), Ulmus (solos secos) e CASUARINA (REGIÕES COSTEIRAS).
PLANEJAMENTO URBANO: PRÁTICAS PARA EVITAR A IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO
Drenagem urbana Enchentes Planejamento Urbano
Conheça algumas medidas tomadas por ALGUNS PAÍSES PARA CONTER A OCUPAÇÃO DESENFREADA, MINIMIZAR A IMPERMEABILIZAÇÃO DOS SOLOS E MELHORAR O PLANEJAMENTO URBANO.
Países da Europa como Áustria, Bélgica e Alemanha, definiram alguns limites anuais para controlar a ocupação do solo e melhorar o planejamento urbano.
Eficiência dos planos diretores para um crescimento urbano planejado
Para diminuir ou eliminar os impactos causados pelo crescimento urbano desenfreado, na zona rural da Letônia, por exemplo:
AS CONSTRUÇÕES SÃO PROIBIDAS OU LIMITADAS NOS PRIMEIROS 300 METROS A PARTIR DO MAR E NOS PRIMEIROS 150 METROS DAS ZONAS HABITADAS. TAMBÉM EXISTEM RESTRIÇÕES DE OCUPAÇÃO NA COSTA DO MAR BÁLTICO, GOLFO DE RIGA, RIOS, LAGOS E FLORESTAS EM TORNO DAS CIDADES. JÁ NA ESPANHA, ESSAS RESTRIÇÕES PROÍBEM CONSTRUÇÕES NOS PRIMEIROS 500 METROS A PARTIR DO MAR.
Criação de Cinturões Verdes
A impermeabilização do solo também pode ser restringida a partir da criação de cinturões verdes em volta de cidades pequenas e grandes áreas urbanas. Veja abaixo alguns benefícios dessa prática:
- Controlar a expansão das cidades;
- Evitar a fusão entre cidades vizinhas (como o que acontece com a Grande São Paulo, Jundiaí e região de Campinas, no estado de São Paulo);
- Preservar as áreas naturais e evitar sua invasão.
Revitalização de antigos terrenos e construções
A Exposição Internacional de Lisboa de 1998, em Portugal, foi construída sobre antigos terrenos industriais degradados na parte oriental de Lisboa, atualmente conhecida como Parque das Nações.
Em Stuttgart, na Alemanha, criou-se uma gestão sustentável de antigos terrenos industriais para construção de espaços mistos (comerciais e residenciais).
Os impactos causados pela excessiva impermeabilização do solo
AQUECIMENTO GLOBAL, RISCO DE INUNDAÇÕES, ESCASSEZ DE ÁGUA E DIMINUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE SÃO ALGUNS DOS PRINCIPAIS IMPACTOS CAUSADOS PELA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO.
Posted on 13 De Fevereiro De 2020 No Comment by Allevant Engenharia
APENAS PARA CONCEITUALIZAR, IMPERMEABILIZAR O SOLO SIGNIFICA FAZÊ-LO PERDER SUA CAPACIDADE DE ABSORVER ÁGUA. E ESSA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO TEM AUMENTANDO EXPONENCIALMENTE EM DECORRÊNCIA DO CRESCIMENTO DESORDENADO E SEM PLANEJAMENTO DAS CIDADES. O QUE É ESQUECIDO DURANTE ESTE PROCESSO, É QUE O SOLO É UM RECURSO LIMITADO E NÃO RENOVÁVEL.
Principais Funções do Solo
O solo fornece diversas funções ecossistêmicas. Entre elas, desempenha um papel fundamental na produção de alimentos e materiais renováveis, oferece habitat para a biodiversidade tanto em sua superfície quanto no subsolo, filtra e modera o fluxo de água para os aquíferos, reduz a frequência e o risco de inundações, regula microclimas em ambientes urbanos, além de desempenhar funções estéticas na paisagem.
QUANDO IMPERMEABILIZAMOS O SOLO, ELIMINAMOS TAMBÉM A MAIORIA DESSAS FUNÇÕES, GERANDO UM GRANDE PROBLEMA A LONGO PRAZO, JÁ QUE SUA FORMAÇÃO É UM PROCESSO MUITO LENTO (ESTAMOS FALANDO DE SÉCULOS PARA FORMAR UM SÓ CENTÍMETRO DE SOLO).
Ocupação desenfreada gera impermeabilização do solo
Segundo a Agência Europeia do Ambiente, entre 1990 e 2006, a taxa de ocupação do solo foi de aproximadamente 1000 Km²/ano, resultando em um aumento da área total urbanizada de cerca de 9% (de 176.200 para 191.200 km²). Levando em consideração que provavelmente essa taxa não diminuiu até hoje (e talvez tenha até aumentado), estima-se que em apenas 100 anos teremos uma quantidade de terras impermeabilizadas do tamanho do território da Hungria. E este é apenas um exemplo da Europa. Imagine se trouxermos estes números para a realidade brasileira.
Pois bem: segundo a ONU, em 2005 o Brasil possuía uma taxa de urbanização de 84,2%. De acordo com algumas estimativas, essa porcentagem deve chegar em 93,6% até 2050, ou seja, 237,751 milhões de pessoas morando em cidades até a metade deste século. Aliado a isso, nosso país perdeu 7,5% de suas florestas entre 2000 e 2016. E segundo a rede MapBiomas, nos últimos 34 anos, as áreas com infraestrutura urbana cresceram 86% em todo estado de São Paulo. Já dá para imaginar o resto, não?
OS PROBLEMAS CAUSADOS PELA EXCESSIVA IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO ESTÃO SE MOSTRANDO CADA VEZ MAIORES E RESULTANDO EM MAIS DESASTRES PARA TODA A POPULAÇÃO. Mas políticas e práticas para evitar que esse cenário se agrave ainda mais também existem e já são reais em vários outros países. Para o Brasil, é necessário um planejamento eficaz, que seja realmente seguido a longo prazo, independente de interesses ou mudanças políticas.
CONCLUSÃO:
A PM DE IMBÉ ESTÁ NA CONTRA MÃO DO QUE DO QUE OS PAÍSES MAIS DESENVOLVIDOS ESTÃO PROPONDO!
1. DESCOMHECIMENTO DAS QUALIDADES DAS CASUARINAS
- Arrasam com toda a arborização das Casuarinas por serem uma espécie exótica, invasora, e sua remoção permitida por lei, ignorando suas qualidades;
- Grande capacidade de recuperar solos marginais ou proteger solos instáveis,
- Proteção do vento as novas espécies que a PM de Imbé diz que irá plantar (espécies nativas, frutíferas e vegetação decorativa).
- Frear as perdas de água pela evaporação, na folhagem e no solo;
- Atenuar o escoamento superficial das águas de chuva, diminuindo a lixiviação do solo;
- Aumentar a capacidade da drenagem dos solos demasiadamente úmidos;
- Dar abrigo a avifauna (biguás no caso de Imbé).
2. REVITALIZAÇÃO DA MARGEM ESQUERDA DO RIO TRAMANDAÍ
Como está previsto na Revitalização da Margem Esquerda do rio Tramandaí, após a remoção de toda a espécie florestal das Casuarinas, já realizada na madrugada, INICIARAM A IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO COM A PAVIMENTAÇÃO com blocos de concreto Uni-Stein.
Ou seja, após suprimir a vegetação arbórea e substituí-la por passeios em bloco de concreto Uni-Stein, seguirá com pavimento asfáltico, concreto, estacionamentos e prédios,
Isso, por sua vez, TORNA O AMBIENTE URBANO CADA VEZ MAIS INÓSPITO, SECO E QUENTE.
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