IMBÉ, CIDADE-JARDIM
Professor na Faculdade de Arquitetura da Ufrgs e aluno do Instituto de Urbanismo de Montevidéu, Ubatuba concebeu Imbé como uma Cidade-Jardim, aplicando conceitos do urbanista inglês Ebenezer Howard, para quem era preciso conter a superpopulação, a poluição e a especulação imobiliária, que já no início do século XX assustavam os profissionais da área. A idéia básica era construir cidades que unissem o que havia de melhor no campo (ar e água de qualidade, áreas verdes, produção própria dos alimentos) com o melhor da cidade (oportunidades profissionais, infra-estrutura, opções culturais).
O novo balneário, essencialmente residencial e destinado ao veraneio, ganhou ruas curvilíneas, tendo como eixo central a avenida Porto Alegre. As disposição das casas, circundadas por áreas verdes, levou em consideração o sistema de ventos, o conforto térmico, a iluminação e a ventilação.
Um loteamento feito com conceitos tão inovadores passou a atrair, a partir da década de 1940, famílias de classe média em busca de uma praia sofisticada e próxima a Porto Alegre. A velha ponte de madeira sobre o rio Tramandaí foi substituída por uma de concreto, e o núcleo inicial do Imbé se expandiu cada vez mais. No início da década de 70, molhes de pedra regularizaram a barra do rio, acabando com o braço morto - uma faixa de areia entre o mar e o leito original do rio, que corria para o norte - e no final da década de 80 o primeiro prefeito do município recém emancipado não resistiu à tentação de construir um calçadão à beira-mar, com a retirada das dunas.
Desde então, os moradores e veranistas do balneário têm lutado para preservar a natureza e os conceitos urbanísticos que o tornaram conhecido, cada vez mais ameaçados pela especulação imobiliária, com a conivência das sucessivas administrações municipais. A lagoa junto à avenida Santa Rosa, com as águas do antigo leito do rio, foi conservada e ajardinada, e depois uma dura luta judicial e pelos meios de comunicação as dunas ao norte da avenida Garibaldi acabaram salvas. Obras que deformam a bela margem do rio têm sido embargadas, e o novo Plano Diretor, que permite a construção de edifícios, está sendo contestado na Justiça.
É uma luta que vale a pena. O Imbé (o nome vem de uma espécie de cipó) tem atrativos que mesmo veranistas dos balneários da região não conhecem. Experimente curtir um pôr-do-sol à beira da lagoa, com seus condomínios de luxo voltados para as montanhas, ande pelo entorno da lagoa da Santa Rosa, dê uma caminhada pela beira do rio no início da manhã. É uma praia que concilia a tranquilidade, mesmo nos meses de verão, com a agitação e a infra-estrutura da vizinha Tramandaí.
O sonho de Ubatuba de Farias, de quase 60 anos atrás, se realizou: apesar de tudo, Imbé se tornou uma Cidade-Jardim.
Em política o que parece é. Infelizmente a Câmara dos Vereadores do Imbé segue o mesmo caminho do Executivo, que ao invés de ouvir e representar a comunidade que o elegeu faz ouvido mouro. O fato do cerceamento da "casa do povo, pelo povo e para o povo", demonstra de forma clara a sua forma de fazer democracia. Agora estamos sendo alertados que será feito um "movimento" junto ao Ceclimar para que a Assembleia da ACIBM não ocorra tb lá, o que particularmente não acreditamos que consigam. Mas.... se isso ocorrer, a ACIBM, além do cerceamento do seu direito, fará a denúncia e a Assembleia será em qualquer lugar, até mesmo em um local privado. Conclamamos a todos associados bem como a comunidade do Imbé que se unam a ACIBM, se filiem a mesma, comparecendo a Assembleia.
ResponderExcluir* Ouvidos moucos
ResponderExcluirSeu Anônimo, de fevereiro/23 a março/24, muita coisa mudou, por que tudo se tornou ameaça, em Imbé. Devo gratidão ao Presidente da Câmara de Vereadores, Vilmar Nico, por ter vindo liberar o IR e VIR da Av.Frederico Westphalen!Que tudo mude para melhor! As pessoas estão se dando conta do q não enxergavam!
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