CONHEÇA A ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DE IMBÉ-BRAÇO MORTO
No dia 10 de fevereiro de 2007, numa assembleia em que centenas de associados, veranistas e moradores lotaram o salão da Sociedade Amigos da Praia de Imbé (SAPI), foi aprovada, por unanimidade, uma ação judicial para impedir mudanças no Plano Diretor, propostas pela prefeitura municipal, para permitir a construção de edifícios na cidade, mesmo sem haver ao menos um sistema de tratamento de esgoto.
A Ação Civil Pública, impetrada junto ao Ministério Público de Tramandaí, já tem mais de duas mil páginas.
O artigo abaixo, resultado de uma pesquisa do presidente Athos Stern, dá uma ideia do trabalho que esta associação tem feito, deste a sua fundação.
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1. ORIGEM DA ACIBM – Associação Comunitária de Imbé Braço Morto
No dia 9 de fevereiro a ACIBM completará 38 anos de existência, é a associação
comunitária mais antiga do litoral do RGS!
1.1 Entidade civil sem fins lucrativos que têm como objetivo representar os
interesses de moradores e veranistas, principalmente o da preservação
do meio ambiente, estando sempre atenta e tomando iniciativas para
impedir, através de ações, que possam evitar a poluição de nossas águas e
de nosso ambiente, como também atenta à organização do crescimento
urbano de Imbé e suas normas de uso e ocupação do solo.
1.2 O motivo para criar esta associação foi para evitar que investidores
imobiliários e outros interessados em um “Progresso Global”, que nada mais é
do que o ataque sem trégua ao meio ambiente (retirar areia da praia, aterros
de lagoas, inexistência de diretrizes para construção imobiliária, bares e
boates em lugares impróprios, produzindo poluição sonora, etc.), sem se
preocuparem com os riscos e custos de natureza social, ambiental e
sobrevivência das espécies que eles estão provocando. EM SÍNTESE: QUEM
DEVE ESCOLHER A DIREÇÃO DESSE PROGRESSO E COM QUE
OBJETIVO, DEVE SER A COMUNIDADE.
2. AÇÕES RELEVANTES DA ASSOCIAÇÃO
1986 - A primeira providência da ACIBM foi acompanhar o estudo realizado
pelo IPH - Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS sobre as
consequências ambientais da construção de um par de molhes, que pelo
projeto se prolongariam mar adentro para facilitar a entrada e saída de
barcos. O modelo físico reduzido da construção dos molhes realizados pelo
IPH da UFRGS comprovou que os molhes mudariam o curso das correntes
marítimas vindas do Sul, e o mar acabaria invadindo boa parte da área do
lado norte – O Imbé (cerca de 150m continente à dentro). As obras foram
suspensas.
1989 - A pedido da Câmara Municipal de Imbé, a ACIBM elaborou o
anteprojeto da Lei Orgânica do regimento interno do município.
1990 - Gestões junto a P.M. de Imbé, visando impedir modificações na lei de
diretrizes da construção imobiliária, pelas quais se pretendia autorizar prédios
com mais de dois pavimentos.
1991 - A ACIBM impetrou Mandado de Segurança para obter os dados, que o
Cartório de Registro de Imóveis de Tramandaí se recusava a fornecer, relativo
a não destinação de áreas públicas e instalação de equipamentos urbanos e
comunitários, que os loteamentos irregularmente não contemplavam.
1993 – Promovendo ações junto ao Ministério Público contra bares, tendas,
ou boates, que transgrediam as disposições legais referente ao sossego
público, ultrapassando os limites sonoros estabelecidos pelas leis.
1994 - Gestões junto a P.M. de Imbé para criação de comissão composta de
arquitetos da ACIBM, para a elaboração do Plano Diretor para o município,
sem onerar o erário.
1995 - Ação Civil Pública proposta pela ACIBM contra o Município de Imbé,
na qualidade de permitente e contra diversos bares, na qualidade de
causadores de forte poluição sonora, resultante de produção musical. A P.M.
de Imbé foi impedida de conceder alvarás, a quem não preenchesse prévias
exigências legais.
1997 - Em junho de 1997 foi lançado o primeiro jornal informativo da ACIBM,
denominado: “O BOTO”.
1997 - A ACIBM conseguiu através de uma empresa de consultoria e projetos
de engenharia a execução do levantamento planialtimétrico sem ônus para a
prefeitura. Foi feito uma minuta de um ofício que a prefeitura deveria
encaminhar ao Secretário de Estado da Obras Públicas, Saneamento e
Habitação, para fins de autorizar a execução. O prefeito e sua equipe técnica
engavetou o ofício, achando que o levantamento planialtimétrico era contra a
prefeitura. Não entendendo que não se faz um projeto de sistema de
drenagem pluvial, sem um levantamento planialtimétrico.
1997 - Diagnóstico preliminar do Sistema de Drenagem de Imbé apresentado
à P.M. de Imbé pela ACIBM. Um parêntese, atualmente, por ausência de
elementos técnicos, continua a realizar obras sem utilidade, colocando
recursos fora, como a drenagem pluvial da Av. São Miguel. Os profissionais
das ACIBM possuem a solução que a PM de Imbé nunca quis ouvir!
1997 - Estudo de Viabilidade Técnica-Econômica demonstrando que a
instalação de um conjunto motor-bomba no valor de R$ 790.000,00
pretendido pela P.M. de Imbé não solucionaria o problema dos alagamentos.
1997 - Gestões junto a P.M. de Imbé para impedir que a P.M. de Imbé
continue desafetando bens públicos de uso comum, expressivas e valiosas
áreas incluindo-as no rol dos bens dominicais e em passo seguinte dando-
lhes destinação e uso diferentes dos originariamente previstos, violando
propositadamente e de modo flagrante a legislação pertinente ao assunto.
Lei nº 43/89 de 02/10/1989
Lei nº 70/90 de 15/06/1990
Lei nº 150/92 de 06/07/1992
1997 - Gestões junto a P.M. de Imbé sobre o Plano de Diretor e Código de
Edificações para encaminhar à Câmara de Vereadores, para fins de
aprovação, pois sem estes documentos, como aprovar os loteamentos sem
projetos de esgotos pluviais e cloacais, como exigir onde se localizam as
áreas que estes loteamentos devem reservar para áreas públicas?
1997 - Gestões junto a P.M. de Imbé sobre o Saneamento Básico e sobre:
Preservação das lagoas naturais como a da VARIG e das Fontes
Proibição da retirada de areia da praia
Devolução à praia da areia acumulada na Av. Beira Mar
Preservação das dunas que são a proteção contra erosões, que
defendem o litoral contra as ressacas, devido às tempestades tropicais.
Poluição sonora
1997 - Gestões junto a P.M. de Imbé, colocando profissionais do seu quadro
social á disposição dessa Nova Administração, sem ônus para a prefeitura,
impedindo a decisão de assuntos relevantes caia em mãos omissas e
despreparadas, que não conhecem as dimensões do problema e que poderão
comprometer o futuro do nosso balneário. O que vem ocorrendo até os dias
de hoje!
1997 - Ação para fechamento da danceteria Soleil Club, localizada na Av.
Beira Mar, entre as avenidas Santa Rosa e Garibaldi, ação bem sucedida em
1999, por ser constatado a contaminação do lençol freático (constatado
rompimento do fundo do reservatório para evitar o custo da remoção esgoto
coletado) e a ausência de qualquer sistema de isolamento acústico,
produzindo poluição sonora, impeditiva do sono, do bem estar e do sossego
público em uma área exclusivamente residencial.
1999 - Ação Civil Pública visando a declaração de nulidade da Lei Municipal
número 526 de 11/01/1999, coibindo o município de Imbé, de autorizar
edificações multifamiliares ou outro tipo de obra com base na Lei n. 526 de
11/01/1999.
1999 - Movimento contra a construção do calçadão à beira mar que destruía
as dunas, que foi impedido após a Av. Garibaldi.
Ação contra a construção de estaleiro em área de APP, `a margem do rio
Tramandaí, resultando na sua demolição.
2016 - Ação Civil Pública proposta pela ACIBM contra o Município de Imbé,
face a desconformidade dos associados e da população em geral, com as
conclusões insertas no Plano Diretor do município de Imbé. Em decorrência
deste Plano Diretor que não atendeu o Estatuto da Cidade, que é uma lei
maior e que foi desrespeitada pelo município, deu início a um PRÉDIO DE 15
PAVIMENTOS EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP), SEM
ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA), SEM ESTUDO PRÉVIO
DE IMPACTO DE VIZINHANÇA (EIV), SEM SISTEMA DE TRATAMENTO DE
ESGOTOS OPERANDO, TUDO EM DESACORDO COM A LEI.
2019 - Chancela em andamento no IPHAN, ACIBM e CECLIMAR em parceria,
tornando a Pesca Cooperativa entre o Pescador e Boto, Patrimônio Cultural
Imaterial.
2019 – Combate a um Plano Diretor pretendido pela P.M. de Imbé, que
sombrearia todo o trecho do Rio Tramandaí, desde a ponte até a Av. Porto
Alegre, um verdadeiro absurdo!
PERÍODO DE 2019 a 2022
Neste período a ACIBM se desenvolveu e assumiu muitas responsabilidades:
A ACIBM representa no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí
as associações comunitárias de 18 municípios que são beneficiados
pela bacia, participa também da CPA – Comissão Permanente de
Acompanhamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí e também é
autora juntamente com o CECLIMAR, do pedido de Patrimônio Imaterial
para a Pesca Cooperativa, junto ao IPHAN: QUE É INTERAÇÃO
ENTRE PESCADORES, BOTOS E TAINHAS, NO ESTUÁRIO DO RIO
TRAMANDAÍ, EM FASE DE CONCESSÃO.
O DESCONHECIMENTO DAS QUALIDADES DAS CASUARINAS, POR
PARTE DE PREFEITOS DO LITORAL NORTE, INDUZ À CRIMES
AMBIENTAIS, COMO A DEVASTAÇÃO DA ÁREA VERDE NA APP –
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, JUNTO À MARGEM DO
RIO TRAMANDAÍ.
A PM DE IMBÉ PRETENDE CONSTRUIR UMA PONTE-BINÁRIA
SOBRE A FOZ DO RIO TRAMANDAÍ SEM OUVIR AS COMUNIDADES
DE IMBÉ E TRAMANDAÍ QUE SERÃO ATINGIDAS PELO
EMPREENDIMENTO E NEM MESMO AS COMUNIDADES
CIENTÍFICAS QUE DETÉM O CONHECIMENTO.
Em síntese:
SEM DISCUSSÃO
SEM ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA-RIMA)
SEM ESTUDOS DE MOBILIDADE URBANA NOS DOIS MUNICÍPIOS
SEM ATENDER A LEI 10.257 – ESTATUTO DA CIDADE
IMPERMEABILIZAÇÃO EXCESSIVA DO SOLO, TORNANDO A APP –
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE À MARGEM DO RIO
TRAMANDAÍ UMA ILHA DE CALOR.
DEMOLIÇÃO DO EDIFÍCIO DE IMBÉ CONSTRUÍDO EM APP – Área
de Preservação Permanente
2023 – A ACIBM PROSSEGUE EM SUA LUTA EM DEFESA DAS ÁREAS DE
PRESERVAÇÃO PERMANENTE-APP, QUE SÃO BENS DE INTERESSE
NACIONAL E ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS,
COBERTOS OU NÃO POR VEGETAÇÃO, COM A FUNÇÃO AMBIENTAL DE
PRESERVAR OS RECURSOS HÍDRICOS, A PAISAGEM, A ESTABILIDADE
GEOLÓGICA, A BIODIVERSIDADE, O FLUXO GÊNICO DE FAUNA E
FLORA, PROTEGER O SOLO E ASSEGURAR O BEM-ESTAR DAS
POPULAÇÕES HUMANAS.
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