IMBÉ, CIDADE JARDIM AMEAÇADA

 



 Este artigo, do arquiteto José Geraldo Costa, associado e ex-diretor da Associação Comunitária de Imbé-Braço Morto, foi publicado pelo Correio do Povo de Porto Alegre na edição do dia 22 de fevereiro de 2007. 

É um documento repleto de informações sobre o projeto de criação de Imbé e um emocionado alerta: o sonho de uma Cidade Jardim estava ameaçado pelo crescimento desordenado e o desinteresse do Poder Público em contê-lo. 

Poucos dias antes a associação havia realizado uma histórica assembleia geral, na qual moradores e veranistas lotaram o salão da Sociedade Amigos da Praia do Imbé (SAPI) e decidiram lutar contra a construção de um edifício de 15 andares na avenida Rio Grande, que então estava no segundo andar. 

A diretoria da ACI-BM, cumprindo decisão da assembleia, exigiu providências do Ministério Público para que o Plano Diretor não fosse deformado pelos interesses econômicos e a cidade mantivesse suas características originais. 

A petição, assinada pelo dr. Arno Eugênio Carrard, deu origem a um Inquérito Civil que tramita até hoje, com mais de duas mil páginas, onde constam inúmeros pedidos de providências contra os repetidos desmandos das administrações municipais, entre eles um pedido de demolição do espigão, negado pela Justiça de Tramandaí.

A decisão da 9ª Vara Ambiental da Justiça Federal proibindo mudanças nos Planos Diretores de Imbé e outras cidades do litoral norte enquanto elas não contarem com sistemas adequados de saneamento, resultado de outra frente de luta jurídica da associação, continua em vigor. 

A luta, agora, é também para impedir que o esgoto tratado  pela Corsan-Aegea seja lançado nas lagoas da bacia do rio Tramandaí.  

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