CONFERÊNCIA INTERMUNICIPAL DO LITORAL NORTE

 A Associação Comunitária de Imbé-Braço Morto estará representada na Conferência Intermunicipal promovida pela Associação dos Municípios do Litoral norte, nesta sexta-feita (7/2), às 9 horas, na sede da entidade, em Osório/RS.

No artigo abaixo, alguns pontos a serem defendidos pela associação no debate:



ATHOS STERN

Engenheiro, professor aposentado da Ufrgs

Ex-presidente e consultor da Associação Comunitária de Imbé-Braço Morto

Os debates da Conferência Intermunicipal serão conduzidos em torno de cinco eixos temáticos, a saber:
I – Mitigação: Redução da emissão de gases de efeito estufa.
II – Adaptação e Preparação para Desastres: Prevenção de riscos e redução de perdas e danos.
III – Justiça Climática: Superação das desigualdades.
IV – Transformação Ecológica: Descarbonização da economia com maior inclusão social.
V – Governança e Educação Ambiental: Participação e controle social.
Adaptação e Preparação para Desastres – Prevenção de Riscos e Redução de Perdas e Danos
A adaptação e preparação para desastres são essenciais para a prevenção de riscos e redução de perdas e danos. Aqui estão algumas estratégias e medidas que podem ser adotadas:
1.     Avaliação de Riscos:
o    Identificar os possíveis desastres naturais e suas frequências, como enchentes, terremotos, deslizamentos de terra, etc.
o    Mapear áreas vulneráveis e avaliar os impactos potenciais.
2.     Planejamento e Educação:
o    Desenvolver planos de emergência e realizar simulados regularmente.
o    Educar a comunidade sobre os riscos e como agir em situações de emergência.
3.     Infraestrutura Resiliente:
o    Construir infraestruturas que possam resistir a desastres, como edifícios à prova de terremotos e sistemas de drenagem eficazes.
o    Implementar sistemas de alerta precoce para desastres iminentes.
4.     Políticas e Legislação:
o    Estabelecer políticas públicas que incentivem a preparação e adaptação.
o    Criar regulamentações de construção e uso da terra que reduzam a vulnerabilidade a desastres.
5.     Gestão de Recursos:
o    Garantir que haja recursos suficientes e bem geridos para resposta a desastres, como alimentos, água, medicamentos e abrigo.
o    Treinar equipes de resposta a emergências e voluntários.
6.     Recuperação e Reconstrução:
o    Desenvolver estratégias para a rápida recuperação pós-desastre.
o    Focar em reconstruções que aumentem a resiliência e minimizem futuros riscos.
A integração dessas medidas em planos de ação coordenados pode reduzir significativamente os impactos de desastres, protegendo vidas e propriedades.
Infraestrutura Resiliente:
Construção da ponte na foz do rio Tramandaí entre Imbé e Tramandaí
O aumento do nível do mar representa uma ameaça crescente para as zonas costeiras. Um recente estudo internacional revela previsões alarmantes, muito mais pessimistas do que as apresentadas até agora.
O aumento do nível do mar é uma questão preocupante, e as novas previsões são realmente alarmantes. Um estudo recente sugere que o aumento do nível do mar pode chegar a 1,9 metros até 2100, muito mais do que as estimativas anteriores. Isso teria consequências significativas para as zonas costeiras, incluindo inundações mais frequentes e deslocamentos populacionais.
Essas mudanças climáticas podem levar a inundações mais frequentes, erosão costeira e perda de habitats naturais. Cidades como Osório e outras áreas próximas ao litoral estão tomando medidas para se adaptar e mitigar os impactos, como melhorias na infraestrutura e no planejamento urbano.
Sim, há estimativas sobre o aumento do nível do mar até 2030, especialmente para áreas vulneráveis como o litoral próximo a Osório. De acordo com um estudo do Climate Central, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, algumas áreas costeiras podem enfrentar um aumento significativo do nível do mar.
Para o litoral norte do Rio Grande do Sul, isso poderia significar inundações mais frequentes e erosão costeira acentuada. É importante que as comunidades locais e os governos adotem medidas de adaptação e mitigação para proteger essas áreas.
As estimativas para o aumento do nível do mar até 2030 variam, mas um estudo recente sugere que o nível do mar pode subir entre 15 e 30 centímetros até 2030, dependendo das emissões de gases de efeito estufa e das medidas de mitigação adotadas. Para áreas vulneráveis como o litoral próximo a Osório, isso pode significar um aumento significativo no risco de inundações e erosão costeira.
Investir em Pontes no Sistema Binário na Foz do Rio Tramandaí
Como investir em pontes do sistema binário na foz do rio Tramandaí em uma região que será afetada pelo aumento do nível do mar? Os acessos a estas pontes ficarão impedidos! Quando o nível do mar subir, os níveis do rio acompanharão o crescimento.
Em síntese, estarão jogando recursos fora que poderiam atender necessidades importantes de outras áreas. Por que não investir na recuperação das pontes existentes ou na construção de uma nova ponte no local das já existentes?
Integrar a adaptação ao planejamento de infraestruturas é crucial para garantir a eficiência e a durabilidade das obras. Decisões informadas e sustentáveis são a chave para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
 


Comentários

  1. Matéria ampla: sugiro abordagem separada do mapeamento/diagnóstico/planos de prevenção e contingência dos riscos separados (não independentes) da análise ambiental, (licenças/EIA-Rima/impactos/medidas mitigatórias/compensatórias/audiências públicas) são equipes com diferentes especializações. Grande abraço

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