FEPAM DÁ LICENÇA PRÉVIA PARA PROJETO DAS PONTES


Este belo cenário está ameaçado
 

Desde que a prefeitura de Imbé divulgou o projeto de construir duas pontes na foz do rio Tramandaí, a Associação Comunitária de Imbé-Braço Morto tem manifestado veementemente sua preocupação com os impactos devastadores desta obra sobre o meio ambiente e o bem-estar das populações de Imbé e Tramandaí.

Ignorando o sentimento de boa parte dos moradores e veranistas, o vice governador Gabriel Souza, o prefeito reeleito de Imbé Ique Vedovato e o prefeito eleito de Tramandaí, Juarez Marques da Silva, compareceram, neste último dia do ano, em Tramandaí, ao ato de liberação, pela Fepam, da Licença Ambiental Prévia para que a obra avance. 

 Os principais questionamentos da equipe técnica de consultores da associação: 


Acessibilidade

Como será possível garantir o acesso à ponte binária através de ruas extremamente estreitas, com apenas 7 metros de largura, em ambos os municípios? E no caso de obras e desapropriações, especialmente em Tramandaí, quais custos, certamente altíssimos?

 

Impacto no Bem-Estar

 Quais medidas serão adotadas para impedir que o tráfego pesado de automóveis, ônibus, máquinas de terraplenagem e caminhões perturbe o sossego e o bem-estar das famílias que vivem nessas ruas residenciais?

 

Emissões de Poluentes

 Como será evitada a emissão de gases de combustão provenientes desse tráfego intenso em ruas tão estreitas, de modo a não comprometer a saúde das famílias residentes?

 

Poluição Sonora

 Quais soluções serão implementadas para mitigar o ruído ensurdecedor gerado por esse tráfego pesado, especialmente para os residentes que vivem extremamente próximos a esse fluxo em áreas estritamente residenciais?

 

Consulta Pública

 A população residente nas áreas afetadas será adequadamente ouvida durante o processo?

 

Saúde e Meio Ambiente

 Como será garantido que os ruídos, vibrações e gases prejudiciais à saúde não afetarão os moradores dessas regiões residenciais, bem como a prática da Pesca Colaborativa as entre pescadores e botos?

As vibrações de uma ponte sem pilares sobre o rio também são transmitidas às águas, onde ocorre a pesca colaborativa, interferindo na comunicação entre os botos e assustando-os. 

ão da Pesca Colaborativa

 A Pesca Colaborativa, que deixou de existir em outros locais, ainda persiste em apenas três lugares no mundo, incluindo a foz do rio Tramandaí? Como esta prática será preservada diante deste projeto?

 

Alternativas de Localização

 Por que não considerar a instalação das novas pontes em outro local, como na atual localização das pontes existentes, substituindo as que estão em más condições ou reforçando-as, se possível?

Por que não utilizar o local das pontes atuais, que satisfazem perfeitamente as mesmas pistas binárias projetadas, sem produzir esta gama de problemas sobre o meio ambiente e o bem estar das populações de Imbé e Tramandaí? 

Por que criar novos percursos em áreas residenciais, criando todos os problemas que irão ocorrer?

 

Histórico de Impacto Ambiental

 Considerando que os danos ambientais das pontes existentes foram causados há mais de 50 anos, por que não utilizar este local já impactado para instalar as novas pontes?

 

Análise Crítica


 Após a análise criteriosa de todos esses pontos, é esperado que a FEPAM não concorde com a devastação ambiental, a perda da Pesca Colaborativa e a consequente privação de sustento de centenas de pescadores. 

 

Ausência de EIA-RIMA: A ausência de um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) é inadmissível para obras de tal magnitude.

Como pode a Fepam conceder a licença prévia, apesar de todas as informações e dados técnicos enviados pela ACI-BM desde que a obra foi anunciada, e  sem que haja nem mesmo um projeto detalhado?

 

É essencial que a sociedade se mobilize contra este projeto imprudente, exigindo transparência, responsabilidade e a preservação do meio ambiente e do bem-estar das futuras gerações.

Comentários

  1. É um totalidarismo disfarçado. Os governantes não ouvem o povo, massim o tilintar das moedas. Vamos gritar...

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  2. Já ouve uma Audiência Pública em Imbé com mais de 500 participantes, demonstrando que a população em quase sua totalidade manifestaram-se contrarios a essa obra na foz do rio Tramandai. No entanto, ostraram-se favoraveis a que esta obra seja realizada no local das pontes atuais.

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  3. Impossível ir contra a visão equivocada de desenvolvimento dos nossos gestores. A população não quer, a natureza sofrerá, mas a visão de saber manipular é grande. Pra que gastar nosso dinheiro em outra ponte? E o risco do abandono da atual? Ou irá ser interditada?

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